quinta-feira, 12 de junho de 2008

Principais Apreensões

Embora as apreensões sejam um indicador indireto, elas permitem uma boa projeção “das tendências do tráfico de drogas”, segundo um informe da Comissão de Estupefacientes das Nações Unidas que será apresentado em Viena.
Num informe da Polícia Federal citado no Relatório sobre Estratégia Internacional de Controle de Narcóticos, do Departamento de Estado dos EUA, a PF estima responder por 75% das apreensões no Brasil.
O Brasil fica ao lado dos maiores centros produtores (Colômbia, Peru e Bolívia). Aqui, a cocaína costuma ser mais pura do que a que segue para outros continentes, inclusive pelo território brasileiro, já bastante misturada com o pó de outros produtos.
No Centro-Oeste foram recolhidos 54% de maconha, cujo maior fornecedor do mercado brasileiro é o Paraguai. No Sudeste, a maioria da cocaína (52%) foi apreendida. Os maiores volumes, em boa parte, foram monitorados pela Polícia Federal desde a entrada no Brasil.
O aumento da repressão sugerido pelo crescimento das apreensões e a aparente intocada robustez do narcotráfico indicam que “os esforços não foram suficientes”, diz o diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, 57 anos.
“A repressão tem que ser mais forte. A dimensão talvez não esteja ainda adequada. Por outro lado, é muito importante intensificar a prevenção. Se não se reduzir a demanda por meio da conscientização, o quadro não irá melhorar. Se há comprador, há sempre oferta” conclui Paulo.
Há pelo menos três hipóteses na interpretação sobre apreensão de drogas: ou o tráfico se intensificou, ou a polícia foi mais eficiente, ou a combinação de ambas.

A polícia federal bateu em 2002 seu recorde histórico de apreensão de maconha, registrou o maior volume de cocaína apreendida desde 1994 e alcançou uma quantidade inédita de indiciamentos por tráfico de drogas. Mesmo assim, não houve sinais de queda da atividade de narcotraficantes ou de desabastecimento de drogas.
A apreensão de cocaína foi de 9,2 toneladas, 11% maior que em 2001. Só foi menor que em 1994, quando o resultado de 11,8 toneladas foi engordado pelas 7,4 toneladas apreendidas em Tocantins, até então o maior flagrante de todos os tempos no país.
A Polícia Federal nunca recolheu tanta maconha como em 2002: foram 191 toneladas, 30% a mais que em 2001 e 21 vezes mais que em 2003.

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